10.12.09

Enterrados Vivos


O Estranho Fenómeno da Morte Aparente

Abrir os olhos dentro de um caixão, dois metros abaixo do solo, é um dos medos mais primitivos do ser humano.
Já aconteceu alguma vez?

Uma mulher gorda que adorava beber brandy, sentiu-se mal disposta e pediu ao farmacêutico que lhe preparasse água com papoilas, um sonífero. Bebeu-a toda e, por isso, caíu num sono profundo. Esteve deitada sem se levantar durante 48 horas, se é que voltava a acordar. O marido da senhora, queria adiar o enterro até ao seu regresso, mas familiares e empregados, temendo o mau cheiro que poderia provocar um corpo tão grande, convenceram-no a enterrá-la no dia seguinte.
Durante o funeral, um dos carregadores disse, meio a brincar, que deviam ter feito o caixão demasiado pequeno, pois sentia a morta a mexer-se, certamente por não conseguir encontrar posição dentro dele.
Dois dias mais tarde, uns miúdos estavam a brincar no cemitério, quando ouviram uma voz vindo da sepultura. Ao aproximarem-se ouviram: “Tirem-me do caixão!”. Foram a correr contar ao professor, mas este repreendeu-os por estarem a fazer pouco dele.
Na manhã seguinte, as crianças voltaram ao cemitério e ouviram de novo os gemidos fantasmagóricos. Aterrorizados, falaram de novo ao professor, que desta vez os levou a sério. Quando pediu ao encarregado que abrisse a sepultura, este negou-se, alegando que só podia fazer por indicação do padre. As horas passavam, mas ao fim da tarde decidiram exumar o cadáver. Ao levantar a tampa, encontraram o corpo amassado e ferido, em consequência da sua luta pela sobrevivência. Já não apresentava sinais de vida. Os guardas repuseram a tampa do ataúde. Ao abrir o caixão, na manhã seguinte, descobriram um quadro ainda mais horroroso: a mulher tinha voltado a viver, rasgara o véu que a cobria e tinha-se arranhado em múltiplas partes do corpo e batido na cara até ficar coberta de sangue. Desta vez sim, tinha morrido.

Este é o relato verídico do enterro prematuro mais famoso de todos os tempos. Curiosamente, persiste a tradição de no cemitério ter sido enterrada uma mulher viva, pelo que o lugar está assombrado, em Inglaterra.
O medo de ser enterrado vivo é um dos grandes temores do ser humano.
O problema fundamental é que, em certas ocasiões, determinar a morte é muito difícil. Com uma temperatura corporal de 20 graus, o organismo necessita apenas de 15 por cento do oxigénio que usa normalmente, e pode ser menos se acrescentarmos uma ingestão excessiva de barbitúricos com efeito depressivo no sistema nervoso central. Neste estado registam-se menos de dez pulsações cardíacas e duas ou três respirações por minuto. É impossível detectar o pulso ou a respiração, e o electrocardiograma para certificar a morte em casos difíceis, também falha, ou seja, é muito possível que não apareçam sinais de actividade cerebral.
Parece que a única prova de que alguém está realmente morto é o cheiro a cadáver, produzidos por duas moléculas de nomes curiosos! Putrescina e cadaverina.

Lumenamena

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