18.12.09

Espiritismo, Fantasmas e Almas Reencarnadas


Como Falar Com os Mortos

Uma família vivia numa quinta humilde próxima da aldeia. Nessa noite, no quarto familiar, a filha mais nova mantinha uma conversa estranha: “Ouve, Splitfoot (um dos nomes que se dá ao diabo na Nova Inglaterra), faz o que eu digo.” Divertida, bateu palmas ao mesmo tempo que dizia: “Conta: um, dois, três!”. Soaram três pancadas que pareciam vir de todos os pontos do quarto.
A mãe assustada, porque se repetia noite após noite, perguntou: “És um espírito, por acaso? Se fores, dá três pancadas.” Assim, acabava de nascer a comunicação com os mortos.

Foi esta a origem do espiritismo moderno: uma mãe assustadiça e um par de meninas brincalhonas. Tornou-se um negócio, a espiritomania, que se alastrou para o continente europeu.
Uma terceira irmã, muito mais velha do que elas, viu ali um negócio. As mais novas, sábiamente dirigidas por ela, espantaram uma aldeia que se entusiasmava com a possibilidade de falar amigavelmente com os seus mortos.
Embora possa parecer incrível, esta história não foi mais do que a travessura de umas meninas que decidiram assustar a sua crédula mãe fazendo passar por pancadas de espírito o bater dos dedos dos seus pés na beira da cama.
Para os devotos da religião espírita, criada pelo pedagogo francês Allan Kardec, a sociedade não podia aceitar que fora alvo de uma partida.
O espiritismo moderno é mais uma das respostas que o ser humano procura para enfrentar o medo do inevitável. Para o ser humano é inaceitável pensar que tudo termina com a morte e nada sobrevive. Não se pretende encontrar solução para a morte, procura-se antes, algo que tranquilize.
Todas as culturas falam de um Além misterioso sobre o qual nada se sabe, porque ninguém voltou para contar. Apesar disso, alguns continuam a procurar essa outra vida.
Mais de 150 anos de investigação não conseguiram obtêr qualquer prova convincente da existência de uma vida depois da morte. Continua a ser uma questão de fé, pelo que cada um pode tirar as suas próprias conclusões.
Lumenamena

Sem comentários:

Enviar um comentário