27.7.09

Maria Superstar


A Mulher Mais Famosa da História

Milhões de pessoas prestam-lhe culto, estou a falar, óbviamente, de Maria "Mãe de Deus" pela Igreja Católica. Mas a verdade é que o Novo Testamento, a obra onde nos é apresentada pelo seu nome, nos diz muito pouco dela. De facto, após a morte do seu filho, Jesus, só surge mencionada uma vez no texto bíblico, quando se encontra com os discípulos em Jerusalém. Por sua vez a História guarda silêncio sobre a Virgem. Poderemos supôr que Maria não deve ter tido uma vida fácil. Na época em que viveu, deve ter sido conhecida por Miriam ou Mariam, possivelmente o seu verdadeiro nome, que era dado a uma em cada três raparigas. Maria uma mulher simples que viveu na obscura Palestina do sec. I, seria seguramente considerada como uma cidadã de segunda categoria.

Não existe uma imagem do rosto de Maria

Nenhum quadro revela como era o verdadeiro rosto de Maria. A seda e a côr azul que os artistas tradicionais vestiram a jovem Maria, seriam exclusivamente simbólicas, já que tais distinções estariam reservadas à nobreza ou aos cidadãos mais abastados. Pelo contrário Maria só usaria túnicas de lã ou de algodão, e cobria a cabeça com uma espécie de xaile. Na época os casamentos eram mais baseados em acordos económicos do que no amor, o que leva a supôr que houve, seguramente, uma diferença de idade entre a Virgem e o seu marido.
Para além do mito ou da realidade, a sua importância histórica foi e é indiscutível. Trata-se da única mulher, cujo nome, está referido no Corão. Seja como fôr, a história de Maria não termina com a sua morte. Embora não se saiba ao certo em que ano faleceu.

Símbolo Religioso de Primeira Ordem

A sua imagem tem aparecido milagrosamente por todo o lado. Perante quem defende a existência real dos casos, são incongruentes, quando não resultam directamente de uma fraude. Na verdade, o Vaticano só reconhece uma dezena destes factos em toda a história. Mas o certo é que, humana ou mitológica, Maria é, ainda hoje, uma personagem e um símbolo religioso de primeira ordem.

As Outras Mães da Humanidade

Tal como Maria, muitas divindades femininas anteriores ao Cristanismo, herdeiras de cultos pré-históricos à fecundidade e à terra, foram esposas, mães e virgens.
Entre elas:
Ishtar (2000 a.C.)
Ísis (3000 a.C.)
Deidades da fertilidade (7000 a.C.)
Vénus de Laussel (20.000 a.C.)
Lumenamena

2 comentários:

  1. Trazes aqui assuntos para mim muito importantes e sobre oa quais muito poderíamos falar. O espaço é curto. Pouco DELA se fala se nos Evangelhos! Nos oficiais, nos sinópticos, claro. Parece que em outros, que não foram escolhidos pelo Poder de Constantino e outros, aparece a Maria e a outra, a Madalena. Parece que não houve muito interesse em dar rosto literário/histórico a Maria. Compreende-se: as mulheres não tinham estatuto importante. Só o viriam a ter nos últimos 2 séculos. Mas queria frisar que,não obstante, os evangelhos oficiais, os da linha vencedora, não conseguiram escamotear que foram elas, as mulheres, que estiveram sempre presentes, junto de Jesus, até à sua morte, e depois dela, no túmulo. Ao contrário dos iscípulos que se esconeram com medo. Impressionante. Mas é de admirar tudo isto? Ainda hoje, quem na Igreja enaltece e dá valor ao papel da Mulher? Por aqui me fico. Gosto muito de Maria, Mãe do Céu e da Terra.
    Boa noite. Já sabes que gosto do teu blogue. Mas estas conversas mereciam mais espaço e mais tempo. Mas mesmo com mais espaço e mais tempo eu estou numa de sentir e de vivenciar, mais do que analisar, discutir. Parabens, amiga. Beijo. E boa semana.

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  2. Eduardo Aleixo - Obrigada pela sua intervenção neste post.
    Sim, pouco se fala na Mãe de Jesus. Após a morte de seu filho Jesus, Maria só surge mencionada uma vez no texto bíblico, quando se encontra com os discípulos em Jerusalém durante a celebração do Pentecostes. A Igreja Católica nunca menciona o papel de Maria, ficando quase no esquecimento. A História guarda silêncio sobre a Virgem.

    Boa semana também para si.

    Um Bem Haja,
    Lumenamena

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